A civilização chinesa surgiu por volta de 2000 aC. Tornou-se um império poderoso, repleto de dinastias, que iniciou a construção da “Grande Muralha”. Suas relações eram restritas aos países vizinhos e somente no início do século XIII, através do navegador italiano Marco Pólo, o Ocidente começou a explorar a região. Com a chegada dos ingleses, iniciou-se um processo de desmembramento do Império Chinês. O que hoje é o Vietnã foi cedido à França; Macau para Portugal; o Reino Unido conquistou a administração de Hong Kong; a Rússia ocupou erritórios ao norte; e a península das Coréias e Taiwan foram perdidas para o Japão. O declínio da monarquia era evidente e crescia em diversas regiões do interior do país um forte desejo nacionalista de expulsar os estrangeiros.
Após a invasão japonesa à Manchúria (região Nordeste), em 1934 e 1935, se levantou o líder que instituiria o comunismo na China: Mao Tsé-tung. Ele liderou um exército de cerca de 90 mil pessoas contra o Japão e os expulsou. Com Mao no poder surgiu, em 1949, a República Popular da China. Desde então, o comunismo é o regime de governo oficial do país. Em 1976, com a morte de Mao Tsé-tung, iniciou-se um período de novos rumos para a política chinesa, que culminou, a partir do final da década de 1980 e início dos anos de 1990, num processo de abertura do comércio e das relações exteriores, visando a entrada da China.
Obsessão pelo futuro
A República Popular da China é o terceiro maior país em extensão territorial. Dentro dessa vasta área são encontradas as mais variadas estações climáticas, além de uma divisão de províncias que facilita administração do governo central, situado na capital Pequim (ou Beijing). A China está na Ásia e faz fronteira com inúmeros países, entre eles a Rússia, Mongólia, Índia, Cazaquistão, Coréia do Norte e Vietnã. Pequim é a principal cidade do país e a sede oficial do Partido Comunista Chinês, fundado em 1921 e que dirige o país há quase um século. Seu maior vulto histórico é também a grande coluna do comunismo chinês: Mao Tsé-tung.
O país tem 1,3 bilhão de habitantes – a maior população do planeta. A maioria (92%) é de etnia han. Há ainda os manchús, chuans, tibetanos e vu, dividindo 7,5% da população. O idioma oficial do país é o Mandarim, mas se fala também o Cantonês, o Vu e o Mim. O grupo de pessoas sem religião, fruto das inúmeras propagandas governamentais, chega a 40%, seguido por crenças populares chinesas (29%), cristianismo (8,5%) e budismo (8%).
Tida como a próxima grande potência mundial, a China avança rumo ao futuro. O país recebeu os Jogos Olímpicos de 2008, inaugurou o projeto Três Gargantas – a maior hidrelétrica do mundo – e vive a expectativa da construção de mais de 600 cidades até o fim deste século. Além dessas medidas, milhares de universitários chineses, incentivados pelo governo, graduaram-se em várias especialidades em escolas européias e americanas visando explorar em território chinês, quando retornarem, todo o conhecimento adquirido. Enfim, tornar-se uma potência do bloco do chamado primeiro mundo é uma obsessão para os governantes chineses.
As realidades da igreja e do cristianismo
Até o fim da década de 1940, a China era um dos maiores campos missionários do mundo. Com o comunismo, os missionários foram banidos, os crentes e líderes perseguidos e muitos morreram. Por décadas o mundo ocidental não teve informações sobre os cristãos chineses. Porém, com a abertura econômica iniciada na década de 1980, as primeiras notícias começaram a surgir demonstrando que o cristianismo havia sobrevivido ao comunismo de Mao Tsé-tung. Hoje, estima-se que há cerca de 100 milhões de cristãos. Há duas igrejas: a oficial, controlada pelo Governo, e a “igreja subterrânea” (atuando nos lares e em áreas rurais). Essa última, em especial, é a que tem crescido de um modo extraordinário. Alguns chegam a afirmar que há 42 milhões de crentes. O fato é que, no momento, a China é o lugar onde o cristianismo mais cresce no mundo.
Entretanto, o rápido crescimento tem trazido alguns problemas para o cristianismo na China. A falta de preparação teológica dos crentes dá espaço para que as heresias ganhem força. Como o crescimento acontece em ritmo acelerado, as lideranças são pouco preparadas e acabam discipulando precariamente os novos convertidos.
Fonte: MISSÕES MUNDIAIS
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